A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) recebeu o…
Consulta da ACMC aponta baixa contratação de temporários
Entre os que recrutaram mão de obra, maioria não planeja efetivação. Associação aposta em cenário mais otimista a partir da vacina contra o coronavírus
O varejo lançou mão de contratar temporários e reforçar o quadro de funcionários para suprir a demanda neste final de ano. É o que revela consulta da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) com os empresários do comércio mogiano. A aquisição de mão de obra mostra um cenário negativo em um período tradicional de contratações com as festas do Natal e do Ano Novo.
O crescimento da crise econômica por causa da pandemia do novo coronavírus, as incertezas sobre uma segunda onda da doença e a mudança de hábitos de consumo são as maiores justificativas para a queda no número de contratações.
Dos consultados pela ACMC, entre os dias 17 e 20 deste mês, 61,7% informaram que não pretendiam contratar pessoas para a execução de trabalhos neste final de ano e início de 2021. Por outro lado, 34% dos comerciantes responderam de forma positiva para a aquisição de mão de obra temporária, enquanto 4,3% dos entrevistados optaram por contratação de trabalho intermitente, ou seja, somente por algumas horas ou alguns dias alternados na semana.
Na consulta da ACMC, 40,4% dos comerciantes responderam que contrataram ou que pretendiam contratar de um a três funcionários temporários, enquanto 2,2% afirmaram que reforçariam o quadro com quatro ou seis colaboradores. Por outro lado, 57,4% descartaram a intenção de aumentar o número de colaboradores para suprir a demanda neste período do ano.
“Os resultados da consulta ratificam um ano atípico e de muitas dificuldades para o comércio. A ligeira retomada registrada a partir de outubro não foi suficiente para recuperar as perdas e estamos novamente em alerta diante do aumento dos infectados e com dias úteis comprometidos”, avalia a vice-presidente da ACMC, Fádua Sleiman.
Entre os comerciantes que contrataram ou tinham a intenção de reforçar os seus quadros, 95,7% responderam que não pretendem efetivar os temporários, enquanto 4,3% afirmaram que devem efetivar os novos funcionários.
“A perspectiva da vacinação a partir do final de janeiro traz um cenário mais otimista para o segundo bimestre do próximo ano, com aceleração na retomada da economia e, consequentemente, a oportunidade de novas contratações”, conclui a vice-presidente.