A sede da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC),…

ACMC pede plano de retomada para “não essenciais”
Em ofício ao prefeito, direção da entidade solicita debate de ações para sobrevida de estabelecimentos comerciais
A direção da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) quer uma reunião com a equipe da Prefeitura Municipal para estabelecer um plano de retomada para os estabelecimentos classificados como “não essenciais” no Plano São Paulo. O objetivo é minimizar os danos e possibilitar a sobrevida de grande parte do comércio, que está há meses com as portas fechadas, enquanto outros segmentos continuam a atuar.
Um ofício com essa solicitação foi enviado ao prefeito Caio Cunha na manhã desta quinta-feira (15/04) e a expectativa é de que representantes da entidade sejam convocados para discutir com a equipe municipal estratégias que possibilitem a retomada das atividades das lojas de roupas, calçados, móveis e outros segmentos impedidos de funcionar atualmente.
“A contínua penalização do “não essencial” tem gerado danos irreparáveis, empresas estão se endividando, encerrando suas atividades, gerando desemprego e precarizando o poder de compra. Outro agravante é a concorrência desigual, já que os estabelecimentos considerados essenciais, muitas vezes, acabam vendendo os mesmos produtos que os “não essenciais” estão impedidos de comercializar”, argumenta a presidente da ACMC, Fádua Sleiman, ao destacar ainda a crescente expansão do mercado virtual e o impacto no modelo de negócios.
“As vendas online são um segmento importante, mas que crescem artificialmente em decorrência do impedimento do comércio presencial, o que impacta, especialmente as micro e pequenas empresas”, avalia a dirigente.
O pleito da ACMC é de abertura de diálogo para buscar soluções para conciliar as ações de combate à pandemia com a sobrevivência dos comércios, empregos e economia. Entre as sugestões a serem apresentadas estão o horário escalonado de abertura e funcionamento das atividades, campanha de conscientização do consumidor e da população e colaboração no programa de vacinação.
Esses são considerados pontos de partida para permitir a abertura do comércio, sem colocar em risco a saúde. Segundo a direção da ACMC, neste mais um ano de medidas restritivas, o comércio sofreu impactos negativos, especialmente, aqueles considerados “não essenciais”, como se fossem os responsáveis pelo aumento de contaminação.
“Com a experiência de manter os estabelecimentos essenciais abertos e nos períodos em que os “não essenciais” puderam operar, sabemos que este não é o fator que gerou o aumento de casos e que está mais ligado às aglomerações em eventos clandestinos, o relaxamento no uso de máscaras, das medidas de distanciamento social e da própria mutação do vírus. Desde o início da pandemia o comércio tem seguido protocolos sanitários rígidos para garantir a segurança tanto dos clientes quanto dos colaboradores. O setor investiu para se adaptar a todas as recomendações vigentes e não pode continuar a ser penalizado”, conclui a presidente Fádua Sleiman.