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Associação Comercial de Mogi pede suspensão do bloqueio da passagem da rua Doutor Deodato
Entidade participou de reunião nesta quinta-feira com o prefeito Caio Cunha
A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) pede a suspensão do fechamento da passagem de nível da rua Doutor Deodato Wertheimer, anunciado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para o dia 2 de janeiro. A diretoria da entidade ressalta que o bloqueio do trecho, sem investimentos e obras que possibilitem o acesso seguro e com o conforto dos usuários, trará inúmeros prejuízos aos comerciantes da região. A ACMC participou nesta quinta-feira (30) de uma reunião com o prefeito Caio Cunha para discutir o assunto e aguarda um encontro que a administração municipal terá com a CPTM no próximo dia 6.
Desde a implantação do complexo viário Jornalista Tirreno Da San Biagio, na região central, o bloqueio do trecho vem sendo discutido, e de lá para cá, a ACMC participou de várias reuniões para discutir o assunto e apoiar os comerciantes. Agora, foi pega de surpresa com o anúncio feito pela CPTM nesta semana.
A presidente da ACMC, Fádua Sleiman ressalta que a decisão tomada de maneira abrupta pela CPTM afetará os comerciantes que atuam em ambos os lados da passagem. “Esse não tem sido um período fácil para o comércio, ainda estamos enfrentando os impactos da pandemia de Covid-19, e agora, recebemos essa notícia”, destacou.
A diretora do Conselho Consultivo da ACMC, Tânia Fukusen Varjão, representou a entidade na reunião desta quinta-feira com o prefeito, o secretário municipal de Desenvolvimento, Gabriel Bastianelli e vereadores. “Existe um grande número de comerciantes neste trecho da rua Doutor Deodato Wertheimer, alguns acabaram de renovar seus aluguéis e outros fizeram investimentos em seus pontos. A decisão de fechamento não pode ser tomada de uma hora para outra. Isso trará prejuízos, especialmente, para os pequenos negócios”, ressaltou. Um abaixo-assinado com mais de mil assinaturas foi criado pelos comerciantes da área para pedir a suspensão do fechamento.
O vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), o deputado federal Marco Bertaiolli, se posicionou contra o fechamento do trecho e lembrou que a medida só poderia ser tomada pela CPTM após obras de melhorias prometidas pela companhia. “Desde 2010, a cidade espera da CPTM a construção da nova Estação Central, recuada para a altura do Terminal de Ônibus e a instalação de escadas rolantes para a travessia de pedestres, inclusive na passagem da Doutor Deodato. Mogi não é uma ilha isolada do mundo e não pode ficar à mercê de decisões unilaterais e arbitrárias, sem qualquer diálogo com a cidade e suas necessidades”, argumentou.